Opressão
Vou parafrasear Félix Guattari
quando em seu texto "A micro-política do fascismo" diz que é melhor
aproveitarmos para falar sobre este tema agora, enquanto ainda podemos
abordá-lo... Quando jogamos uma pedra na água, forma-se uma série de círculos
em volta dela que nos inspirou a criar uma teoria sobre círculos restauradores
e que vem sendo aplicada em vários contextos mundialmente e que apliquei ao ser
humano em sofrimento psíquico.
A pessoa, e principalmente a
criança, estão imersos em várias estruturas institucionais que regem suas
vidas, impõem regras de conduta, mas principalmente manipulam seus afetos, pois
utilizam uma moeda de troca nem sempre justa porque troca é troca, bom seria se
todos pudessem simplesmente DAR.
Após todos estes anos de prática
clínica chego a conclusão que a terapia envolve restaurar a micro-política das
relações institucionais, uma ecosofia aplicada na medida que relações "ecologicamente
corretas" possuem uma ética que exclui totalmente a opressão. Mais uma vez
parafraseio Félix... De que tipo de revolução estamos falando? Falar destas
coisas não nos afastam do nosso real objetivo de luta? Mas, trata-se ou não de
lutarmos contra TODOS OS TIPOS DE OPRESSÃO, principalmente os que pesam sobre
as mulheres, crianças, negros, homossexuais, etc.
Assim, uma terapia só terá
sucesso se envolver uma prática real de intervenção concreta nas instituições
envolvidas o que causa muitas vezes imenso desagrado aos opressores (ditadores,
fascistas) que nunca querem sair da posição de poder que ocupam não se
importando mesmo com os métodos utilizados para permanecerem nesta posição
(violência, enganação, programação mental, chantagem, controle econômico, etc.)
e que infelizmente muitas vezes são o que suportam o tratamento, não apenas
financeiramente mas muitas vezes emocionalmente.
Coragem colegas!!! E lembrem-se de que terapia é mudança e
"para cada ação haverá uma reação".
Felix 2014 para
todos!!!
Mônica Silva
Rio de Janeiro, 28 de
dezembro de 2013.
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